Em 2010, a Fazenda Paraizo completa cento e cinquenta anos nas mãos da família Franco de Lacerda.
Para contar a história da fazenda que é parte da história da cidade de São Carlos, no interior do Estado de São Paulo, queremos coletar histórias e memórias de pessoas que conheceram e viveram momentos na Paraizo.
As lembranças, mesmo pessoais, fazem parte da história afetiva das famílias e de lugares compartilhados na memória coletiva.
Muitos registros da história da fazenda serão digitalizados - cartas, livros-caixa, fotografias, bilhetes, diários. Histórias que deram início a novas famílias, pedidos de casamento, receitas de doces, mudas de árvores, móveis feitos na serraria da fazenda...
Conte uma história que viveu na Paraizo e mande para o blog. Se tiver fotografias, compartilhe com todos. O material recebido fará parte do "livro de memórias da Fazenda Paraizo". Não importa a forma. Escreva como se fosse uma carta, da forma mais simples possível. Importante é participar.
(Neta Mello- historiadora e organizadora)
Que delícia poder ter para lembrar uma época tão gostosa... Éramos quase adolescentes. Inocentes. Felizes. Os Beatles estavam no auge: ouvíamos os “long-plays” naquela sala dos fundos da casa da Fazenda Paraíso. Era a nossa sala, a sala das “crianças”. “Help”, “ I wannna hold your hand”… Beatriz e eu, grandes eternas amigas. E a Elisa, querida Elisa. Passei várias deliciosas férias na Fazenda Paraizo. Tia Carmen, sempre cuidando para que tudo corresse bem. Tio José, quanta saudade... E o Goof e a Flika, dois deliciosos boxers que alegravam nossas vidas. Uma vez a Flika teve onze filhotes. Lembro-me que nasceu uma teta a mais na sua barriga. A natureza não é o máximo? A Tia Luli e o Tio José Roberto ficavam sempre na Fazenda Jabaquara. Mas os meninos vinham de vez em quando: o Fernando, o Marcelo, o Asdrúbal (o Buba), o Eduardo e o Luiz Roberto (o Nenê). Mais o Max (Maximiliano de Souza Rezende. Nome imponente, não é mesmo? Nunca mais tive notícia dele). Também vinham os filhos da Tia Toty e Tio Sergio, da Fazenda Santa Cruz: o Roberto, o Carlos e o Luiz, que era o único que dava bola. pra nós. Tinha a nossa idade. Nós jogávamos vôlei no gramado lá de cima. Eu só dava fora. Nunca levei jeito prá esse esporte. Uma tarde a Tia Carmen disse: - Meninas: vamos à cidade assistir uma coisa importantíssima, que vai passar na televisão e que vai transformar a história da humanidade: o Homem vai pousar na lua! Hoje, 40 anos depois, quando vejo na TV, com um grande estardalhaço, a retrospectiva da 1ª viagem do homem à Lua, lembro-me, com imenso carinho, que foi a tia Carmen que nos mostrou a importância de prestar atenção aos “grandes passos da humanidade”. Hoje, 40 anos depois, me vejo casada, com meus dois filhos já em idade de casar, terem filhos e começarem tudo de novo! Acho o máximo poder ter histórias para lembrar, para contar... E acima de tudo, ter a alegria de poder assistir nossos filhos começarem a ter histórias para lembrar!
Lembranças da Fazenda Paraizo
ResponderExcluirQue delícia poder ter para lembrar uma época tão gostosa...
Éramos quase adolescentes. Inocentes. Felizes.
Os Beatles estavam no auge: ouvíamos os “long-plays” naquela sala dos fundos da casa da Fazenda Paraíso. Era a nossa sala, a sala das “crianças”.
“Help”, “ I wannna hold your hand”…
Beatriz e eu, grandes eternas amigas. E a Elisa, querida Elisa.
Passei várias deliciosas férias na Fazenda Paraizo.
Tia Carmen, sempre cuidando para que tudo corresse bem. Tio José, quanta saudade...
E o Goof e a Flika, dois deliciosos boxers que alegravam nossas vidas. Uma vez a Flika teve onze filhotes. Lembro-me que nasceu uma teta a mais na sua barriga. A natureza não é o máximo?
A Tia Luli e o Tio José Roberto ficavam sempre na Fazenda Jabaquara.
Mas os meninos vinham de vez em quando: o Fernando, o Marcelo, o Asdrúbal (o Buba), o Eduardo e o Luiz Roberto (o Nenê). Mais o Max (Maximiliano de Souza Rezende. Nome imponente, não é mesmo? Nunca mais tive notícia dele).
Também vinham os filhos da Tia Toty e Tio Sergio, da Fazenda Santa Cruz: o Roberto, o Carlos e o Luiz, que era o único que dava bola. pra nós. Tinha a nossa idade.
Nós jogávamos vôlei no gramado lá de cima.
Eu só dava fora. Nunca levei jeito prá esse esporte.
Uma tarde a Tia Carmen disse:
- Meninas: vamos à cidade assistir uma coisa importantíssima, que vai passar na televisão e que vai transformar a história da humanidade: o Homem vai pousar na lua!
Hoje, 40 anos depois, quando vejo na TV, com um grande estardalhaço, a retrospectiva da 1ª viagem do homem à Lua, lembro-me, com imenso carinho, que foi a tia Carmen que nos mostrou a importância de prestar atenção aos “grandes passos da humanidade”.
Hoje, 40 anos depois, me vejo casada, com meus dois filhos já em idade de casar, terem filhos e começarem tudo de novo!
Acho o máximo poder ter histórias para lembrar, para contar... E acima de tudo, ter a alegria de poder assistir nossos filhos começarem a ter histórias para lembrar!
Gogó